Olá! Meu nome é Érica e eu sou brasileira. Sou doutora em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil). Fui professora na educação básica (collège/lycée) e agora sou professora na Universidade de São Paulo. Adoro línguas e cada dia menos eu tenho vontade de chamá-las "estrangeiras". Prefiro dizer como os meus estudantes: "outras línguas". Sempre me diverti muito com as embalagens plurilíngues, com os quadros comparativos de alfabetos no início dos dicionários e com o alfabeto fonético internacional - uma das mais belas invenções humanas! Minha língua materna é o português. Na escola, estudei inglês e espanhol. Na universidade, estudei francês, italiano e Libras, que é a Língua Brasileira de Sinais. E estudei árabe e polonês em cursos de idiomas. Quando conheci a Intercompreensão e toda a sua base teórica, percebi que era uma prática que já fazia parte da minha vida. Sempre me esforcei para entender textos, músicas e pessoas que não falavam português. É uma atitude natural para mim ir em direção à cultura do outro e ao outro. Penso que cada um tem uma riqueza para dividir e que um sempre tem alguma coisa que o outro não tem... Nessa troca, todos aprendem, crescem e se enriquecem como pessoas. Com a intercompreensão, o aprendizado é contínuo, há sempre algo novo a descobrir. O que acho mais legal é que quanto mais a gente aprende, mais recursos tem para aprender. Uma das minhas reflexões atuais é como inserir as "outras línguas" nas práticas educativas brasileiras, que são tão engessadas pelos currículos e exames nacionais. Para quem quiser escutar, aqui está minha apresentação falada:</p> <p> [[{"fid":"5535","view_mode":"default","fields":{"format":"default","alignment":""},"type":"media","field_deltas":{"1":{"format":"default","alignment":""}},"attributes":{"class":"media-element file-default","data-delta":"1"}}]] </p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p>