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Repensar as relações

Soumis par clarafgm le

Olás,

Bem, de forma geral todos os filmes nos mostram um tipo bem fechado e bem tradicional de relacionamento e destinos de certa forma fatídicos e frequentemente infelizes. Ao que parece todos as obras veiculam a mesma mensagem: relacionamentos têm prazo de validade e estão fadados a acabar; sua alegria consiste no recomeço. A impressão que fica é que o amor se apresenta como uma espécie de droga de efeito longo (alguns anos, de acordo com alguns personagens não mais que três) com efeitos colaterais devastadores e que, uma vez acabado, não se retorna à euforia inicial a não ser que se repita a dose, apostando na sorte de que dessa vez dure mais (Luísa, na continuação do "Pequeno dicionário amoroso" já havia tentado 5 vezes and counting). Tudo isso me leva a pensar até que ponto esse ciclo de euforia e frustração não está ligado também ao formato das relações apresentadas, todas heterossexuais, todas monogâmicas, todas fundadas no casamento e no conceito tradicional de amor romântico.

Num primeiro momento, a escolha única e exclusiva de filmes que retratem casais heterossexuais me leva a questionar até que ponto estamos intimamente ligados a esse formato de relacionamento. Filmes que retratem a realidade de casais homossexuais não faltam, mas é inegável o fato de que sempre que se pensa, de forma geral, em amor, em paixão, em romance, em relação, propriamente dita, pensa-se naquela relizada entre homem e mulher. No campo do amor os desentendimentos são sempre binários: a visão é sempre dividida entre a do homem e a da mulher. Essa deve ser mesmo a maior dificuldade de nossa sociedade no campo do afeto: a incompatibilidade entre os pontos de vista feminino e masculino sobre o que são amor e sexo. Sei. Deus tá vendo.

Já num segundo momento sou levada a repensar a monogamia e o casamento monogâmico como forma única e inviolável de relação. De forma geral os casais em crise ao longo dos filmes fazem reclamações parecidas, encontradas não só na ficção mas na vida real aos milhares. O desgaste, o cansaço, o ennui, tudo isso provoca um estado de desesperança e um retrogosto de mesmice que perpassa todas essas relações ilustradas pelo cinema. A solução apresentada é quase sempre a mesma: ou se separa, acaba-se logo (com essa droga de uma vez... rs) com tudo, ou alguém muda, se redescobre, aprende a se dar o valor que merece, dá a volta por cima e redescobre por quê é digno de mais que o mínimo, uma redescoberta que quase sempre passa também pela descoberta do ciúme do outro, do sentimento de posse talvez, mas também do valor e das qualidades da(o) companheira(o) (Un novio para mi mujer manda lembranças). Mas será que é só isso? Será que o tédio não nasce também da estrutura da relação? Será que se permitir mais (no sentido até mesmo de deixar participarem mais pessoas da relação) não é dar mais chances ao relacionamento com seu parceiro? E será que se permitir mais é pra todo mundo?

E vocês, o que acham? Até mais!

lnarbona

Bones Clara!

Em sembla molt interessant la teva anàlisi de les pel.lícules, sobretot la reflexió sobre el tedi i la rutina d'una relació heteronormativa que evoques.

Si prenem l'exemple de "Un novio para mi mujer", veiem que aquet tedi i rutina que engloba la seva relació, així com el fet que, almenys ella, no surt de casa, acaba amb la relació. Ell n'està fart, ella també. I podem veure en cada pel.lícula, com tu molt bé dius, que després de cada sol.lució els personatges comencen a redescobrir-se, tant a ells mateixos com a les seves parelles.

I és aquí on artiba la qüestió: com es poden repensar aquestes relacions perquè el tedi no arribi i les relacions puguin acabar-se d'una manera més sana (o continuar per sempre, ves a saber!)? Potser deixant de banda la binaritat de la relació (fent-ne una relació oberta, poliamorosa o no-heterosexual), potser tenint una vida diferent i aïllada de la parella... Es podrien donar moltes solucions diferentes, però al final, és cada parella qui ha de buscar la seu camí per evitar el tedi i la rutina.

jeu, 28/09/2017 - 10:42 Permalien
rafaelavianna
Também acho que o repensar das relações está no cerne da questão de fazer perdurar o amor. No tópico de discussão "Infinitos!" foi levantada essa reflexão sobre moldes de amor tradicional e como eles podem ser prejudiciais para a vivência de uma relação. Convido vocês a darem a sua opinião sobre o que foi dito lá.
jeu, 28/09/2017 - 17:22 Permalien
ChristianD

En réponse à par rafaelavianna

Oi Rafaela. Peux-tu résumer ce qui a eté dit à ce sujet dans "Infinitos"? Car ce topique est "resté" dans la phase 1, c'est-à-dire qu'aucun lien n'a été créé avec la phase 2 car il n'était pas centré sur une thématique en particulier mais servait surtout à lancer les débats.

mar, 10/10/2017 - 17:13 Permalien
zenobie

je n'ai pas compris tout vos mots, mais je crois savoir de quoi vous parler, ces questions sont bien intéressante. J'avais entendu une émission sur la radio francaise qui parlait de ce sujet, eux on appellé cela "le polyamour". https://www.franceculture.fr/conferences/factory/babel-oueb/qu-est-ce-q…. On a questionné la sexualité au siècle dernier. . aujourd'hui j'ai l'impression que c'est dans l'ère du temps de questionner les modes d'être en couple. 

mar, 03/10/2017 - 01:32 Permalien
Agustina

Muy interesante tú analisis Clara. Es cierto que tenemos estipulado un patrón de pareja y "normalidad" que comienza en la infancia con los juegos de roles y los cuentos infantiles, y de allí deviene un concepto "ideal" de una pareja, y que el matrimonio sea una representación de la unión para toda la vida, y que con él, parece casi obligatoriamente, deban venir los hijos. Cómo dice Zenobie, si es cierto que los jóvenes tienen mayor apertura en cuanto a las relaciones de pareja pero aún hay una gran carga histórica y social que pesa sobre estas nuevas miradas. 

mer, 18/10/2017 - 23:29 Permalien
arthur

Bravo pour cette analyse détaillée déjà! Ensuite je suis d'accord avec toi pour dire que dans les films, la relation est plutôt formatée à ce que la société nous impose de penser. C'est à dire que la majorité des couples proposés à l'écran dans les films sont hétérosexuels. Je trouve qu'il faudrait plus de diversité, que ce soit dans le rapport à la fidélité dans le couple oudans le style de relation (homoxeuel ou hétérosexuel), et même dans le nombre de personnes impliquées dans la relation (une femme pour plusieurs hommes). Par exemple la mère d'amanita dans la série sense8 a 3 maris.

mer, 08/11/2017 - 18:47 Permalien